Análise: Hakuna Matata

Que zebra bonitinha!

Que zebra bonitinha!

Bem, temos aqui um game de um estilo nada convencional. Afrika, na versão japonesa, ou Hakuna Matata, na versão asiática, é um game de exploração e aventura pela savana africana, mais ou menos na área quem compreende a conhecida África Subsaariana, tão famosa pelos seus problemas sociais, até mais que em razão dos leões e zebras, atualmente. O fato é que o jogador é colocado no meio da savana entremeada de pântanos, lagos e alguns desertinhos, com o objetivo de fotografar a fauna local. Hakuna Matata é um game de exploração e fotografia, produzido pela Rhino Studios e editado pela SCEJ e licenciado pela National Geographic.

Você poderá controlar dois personagens no modo “Safari”, quais sejam, Anna, uma bióloga americana, ou Eric, um fotógrafo francês. A perspectiva pode se dar tanto em 3º pessoa como em 1º. O personagem pode andar em pé ou meio agachado e os controles se parecem muito com o de um tps sem cover, com o já conhecido mirar e atirar, mas dessa vez, o tiro na verdade é uma foto.

Não é uma girafa qualquer, ela está tomando água!

Mas, não é tão simples assim. As fotos, na verdade, são encomendadas por várias instituições, tanto de pesquisa, como da imprensa, e alguns pedidos são bem específicos, como por exemplo, fotografar uma girafa tomando água, ou ainda, fotografar o macho alfa da manada de elefantes. Assim, conseguindo a foto, você a envia para a tal instituição, respondendo o e-mail, e ganha uma recompensa que dependerá de quatro fatores: Ângulo, Distância, Técnica e Foco. Quão mais perfeita for a foto, uma classificada como “A”, por exemplo, maior será o pagamento, do contrário, a quantia diminui.

É bom ser esperto, ser atacado é perder todo serviço. Stealth puro!

Tirar boas fotos depende de duas variáveis: o fotógrafo e o equipamento. No início do game é difícil tirar boas fotos, pois as duas variáveis são péssimas (pelo menos foi assim comigo hehe), tanto a câmera é uma droguinha assim como eu era ruim demais. Mas, com o passar do tempo, você vai se acostumando com o comportamento dos bichos e vai dando uma de Snake, ou Sam Fisher, tanto faz, e consegue se aproximar mais, buscando melhores ângulos, focos e distâncias. E, ajustando o efeito adequado na câmera, tanto de iluminação, ou até captação de movimento, você conseguirá uma boa técnica. Isso se eu bem entendi o critério de avaliação, mas, provável que seja isso mesmo. (Qualquer objeção por maior conhecimento sobre o game, não se sinta acanhado(a) em se manifestar e explicar melhor esses critérios de “ângulo”, “distância” e Cia.)

Dirigindo entre zebras

Dirigindo entre zebras

O game é bem recompensador. No inicio o guia da reserva é quem dirige o jipe, mas rapidamente já se tem acesso à direção, e você estará livre a vagar pela savana junto com seu companheiro (E, não… Não tem como atropelar os bichos, se quiser atropelar alguma coisa, vá jogar GTA). Também é possível comprar vários instrumentos com a grana das fotos, como novas lentes com melhor zoom, novas câmeras, e novos dispositivos de armazenamento, enfim, tudo para facilitar seu trabalho e melhorar a qualidade das fotos. Ainda cada novo animal fotografado é adicionado um perfil a seu respeito no modo “GeoAfrika”, uma espécie de enciclopédia virtual repleta de fotos belíssimas selecionadas entre as melhores da National Geographic, uma breve descrição sobre o bicho, como seu tamanho, peso, traços comportamentais, etc. Sua modelagem tridimensional, que imita fielmente a realidade, e alguns filminhos sobre o animal.

Outro fator interessante é a possibilidade certos minigames em que se fotografa caçadas. A dramaticidade é alta. O game de fato alcança o mesmo grau de imersão que os excelentes documentários da National Geographic e Discovery apresentam, com o aditivo de que dessa vez, você é o fotógrafo. Outro fator bem legal é a possibilidade de se participar de compeonatinhos tipo “melhor foto” na PSN. Você envia uma foto determinada e compete, se ganhar, sinta-se lisonjeado!

O único ponto realmente fraco do jogo é a retratação da flora africana. Tudo que foi utilizado de esmero e capricho na modelagem dos animais e até seus comportamentos, principalmente estes últimos, foi deixado de lado no desenho da vegetação. Quando se está apenas avistando panoramicamente a paisagem, até que não se vê defeito algum, mas, quando você se aproximar de alguma moita, ou mirar a câmera na folhagem de alguma árvore, verá que essas folhagens parecem papel mesmo. Esqueça toda a beleza do matinho de Uncharted, aqui a coisa é bem meia boca.

No entanto, a vista panorâmica estonteante e os animais que se comportam como se fossem animais reais compensam essa falha da vegetação. No fim das contas, jogar é divertido e tirar uma boa foto dá praticamente o mesmo prazer de acertar um headshot. Ainda mais quando o objetivo é tirar uma boa foto de um bicho perigoso, como hipopótamo, rinoceronte, ou o temido leão.

A vista panorâmica é de fato bela.

Bem, o game não tem enredo, mas a trilha sonora é fantástica. Vale baixar e dar um conferida, é de fato excelente, indescritível a qualidade. Os sons da natureza então, são exemplos de verossimilhança, pois de fato são como retirados de um documentário, desde o som ambiente, como os ruídos produzidos por animais determinados e certas situações.

Se você quer um game para dar uma relaxada, parar de ficar atirando e batendo em pobres npc’s que aparecem na tela, então de uma chance a Hakuna Matata, pois realmente vale o tempo de jogatina. Você perceberá que vai querer continuar tirando novas fotos, melhorando sua técnica e abrindo novas informações no GeoAfrica, dentre elas simplesmente a nata das fotos da National Geographic. Um arcabouço documental imperdível.

E, lembre-se… Você é muito mais do que aquilo que você joga. Jogar games violentos não irá torná-lo um cara durão. Se você quer de fato ser violento, então faça um curso de tiro, vá para academia malhar e aprenda a lutar. Ficar jogando Gears não vai resolver seu problema hehe!

Gráficos: 7,5

Som: 10,0

Jogabilidade: 9,0

Média: 8,5

2 Responses to Análise: Hakuna Matata

  1. CAra, muito boa a analise, me deixou realmente com vontade de jogar, eh a versão em terra de endless ocean, embora afrika pareça ser bem mais completo!

    É bom lembrar que nem tudo se resolve na bala no mundo dos games, e este tipo de jogo além de tudo é educativo e para qualquer idade, meu sobrinho iria adorar jogar e eu também!

    Que venham mais games deste tipo para a indústria, que a cada dia parece se focar mais só em violência e deixando a criatividade de lado.

  2. henriquemessias disse:

    Exato. Esse game é perfeito para crianças… Além de ser uma válvula de escape do stress do dia-a-dia para os adultos… Muitas vezes, o jogo deixa as pessoas mais nervosas que o trânsito ou o trabalho, mas Afrika é isento disso.

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